quarta-feira, 20 de junho de 2012

#1 Algumas Fanfics - Jogos Vorazes.

Olá, leitores! Eu resolvi começar a postar algumas fanfics aqui no blog, variar de vez em quando, para não ficar aquela coisa repetitiva de sempre resenhas.
Mas então, eu escrevi essa fanfic e postei no Nyah. Eu tenho outras histórias, mas não posto no Nyah pois são originais.
Aí vai:


"Minha irmã mais nova olhava-me enquanto me vestia para a Colheita.
Não era um dia muito feliz. Hoje dois jovens seriam tirados do conforto de suas casas para lutar até à morte. E ninguém queria isso. Eu não desejaria isso para meu pior inimigo.
– Você está linda, Kalya. – Comentou Pleione, ela estava debruçada na cama.
Sorri para ela.
Ela sabia o quanto eu odiava os Jogos. Com apenas onze anos era capaz de assimilar muita coisa.
Alisei meu vestido de brim cinza.
– Obrigada – falei e andei até ela. – Você não vai querer amassar seu vestido. – Murmurei e a levantei da cama. Seus cabelos claros estavam desarrumados.
– Kalya? Está pronta? – Perguntou minha mãe do outro cômodo.
– Sim! Estamos indo! – Falei.
Peguei uma escova da penteadeira e escovei os cabelos lisos e longos de Pleione.
– Kalya... – Começou a falar, mas se interrompeu.
– Sim?
– O que irá aconteceu se uma de nós for escolhida?
Suspirei e coloquei a escova de volta à penteadeira.
– Você sabe que isso não vai acontecer. Não se preocupe.
– Mas...
Coloquei meu dedo indicador em seus lábios.
– Shh. Nada de pensar no pior. Não vale à pena inventar problemas sem tê-los.
Pleione sorriu e eu lhe afaguei o rosto.
Tudo bem deixe-me contar mais sobre mim. Tenho 16 anos, minha pele é clara, tenho cabelos loiros e vivo no Distrito 5, o Distrito da força. Aqui também é pobre como os demais Distritos, mas não tanto assim. Lutamos para mantermo-nos vivos, então acho que a Arena não deva ser muito difícil. Os que mais vencem os Jogos são os Carreiristas, eles são treinados em seus Distritos, preparados caso forem chamados para os Jogos. Uma vez ou outra alguns Distritos sem serem Carreiristas vencem, como numa vez que um casal do Distrito 12 saíram vivos da Arena, perto de um futuro de rebeliões. Fora uma carnificina horrível. Ainda tenho pesadelos com as imagens. Quando não tínhamos o que comer, íamos pegar Téseras. Eu odiava quando tinha que fazer isso. Mas era a necessidade, não podíamos morrer de fome. Eu sempre amaldiçoava cada maldito dia que era necessário pegar teséras. Meu nome estaria naquela bola quinze vezes, e eu não me achava uma garota de sorte por isso.
O caminho para a praça era curto. Então chegamos bem antes. A praça já estava lotada. Ninguém correria o risco de não comparecer à Colheita. Não queria nem pensar no que os Pacificadores faziam...
Enquanto chegávamos à fila, o aperto de Pleione tornou-se mais forte segurado a minha mão.
– Tudo bem – sussurrei. – É apenas sangue. Eles só vão espetar seu dedo. Será rápido.
Este era o problema. Pleione tinha horror a sangue. Ela não seria muito útil em uma arena.
– Não quero ir.
– Eu vou com você. Não precisa ter medo.
A fila ia encurtando e eu podia sentir o pânico de Pleione crescendo. Quando só havia uma pessoa à sua frente, ela paralisou.
– Pleione – eu a restringi.
– Próximo – murmurou o Pacificador, entediado.
Pleione olhou para mim o pânico era visível em seu olhar.
– Próximo!
Segurei os ombros de Pleione e a empurrei para frente com leveza.
– Está tudo bem – sussurrei em seu ouvido.
Ela esticou seu sua mão e o Pacificador pegou rapidamente. Ela olhou para o lado enquanto sentia a leve picada no dedo. Ela já havia feito aquilo antes. Não tinha que temer. Mas ela continuava a insistir no medo.
Coloquei-a a meu lado e estiquei minha mão. O Pacificador a pegou e picou meu dedo com o instrumento, logo depois pressionou meu dedo no papel.
Pleione me abraçou enquanto saíamos na fila.
– Não quero ser escolhida – soluçou.
Afaguei-lhe os cabelos.
– Você não será, eu prometo.
Deixei-lhe na fila dos mais jovens e fui para meu lugar. Minhas mãos estavam suando. Era sempre assim. O nervosismo sempre me atingia.
Delphy Roxen subiu ao palco. Ela parecia um arco-íris. Seus cabelos eram roxos e prata, sua camiseta era verde e amarelo brilhante. Sua saia era rosa e azul, e os sapatos eram vermelhos. Eu achava super horrível o visual que a Capital usava. Era tão... extravagante e ridículo. E ela tinha um sorriso que nunca saía de seu rosto. Eu nomeio isso como falsidade, ou simplesmente botox.
– Olá, olá Distrito 5! – Falou ela, a voz estridente no microfone – Feliz Jogos Vorazes! E que a sorte esteja sempre a seu favor!
Revirei os olhos. Ela não podia simplesmente sortear logo os malditos Tributos?
– Tudo bem! Vamos, vamos, não temos o dia todo, certo? Que tal começarmos com as damas?
Olhei para baixo e fechei minhas mãos em punhos. Tudo estava tão silencioso que poderia ouvir-se um alfinete caindo.
– Kalya Odinshoot! – Falou exultante.
Os nós em minhas mãos estavam brancos. As pessoas ao meu redor abriram espaço enquanto eu andava vagarosamente. Foi quando eu saí do meio da multidão que os Pacificadores praticamente empurraram-me para o palco.
Eu ainda estava olhando para baixo quando ouvi Delphy chamar outro nome:
– Ansel Bane!
Levantei meu rosto e olhei para a multidão.
Ansel Bane.
Eu conhecia esse nome e o odiava.
Sempre quando nós nos encontrávamos era briga na certa.
Uma vez ele havia falado poucas e boas de meu irmão. E isso não ajudou nada, pois meu irmão estava morto. Pelo menos eu preferia pensar assim. Ele fora pego por um Pacificador. Ele havia tentado fugir do Distrito 5, encontrar algo melhor. Para Ansel, Ren – meu irmão – havia desonrado o nosso Distrito e o julgava idiota. Para mim, Ren só queria viver de seu jeito, e eu o julgava livre.
Ansel não me enganava pelos seus olhos claros e cabelos escuros.
E ele seria o primeiro do qual eu mataria na Arena."

2 comentários:

  1. Oi tudo bom?
    Se alguém aí gosta de Hunger Games acessem a minha fanfic : http://fanfichungergames.blogspot.com/
    :)

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